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 Crítica - System of a Down - Mesmerize

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Danilo
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MensagemAssunto: Crítica - System of a Down - Mesmerize   Crítica - System of a Down - Mesmerize Icon_minitime11.04.08 22:13

A bela e melancólica introdução “Soldier Side” prepara o clima para a pedrada de “B.Y.O.B.”, estouradassa em todo o mundo. Com uma letra que critica duramente o presidente americano George W. Bush, a música se coloca ao lado dos soldados e das famílias que perderam seus filhos pelos caprichos sem sentido de seu líder despreparado. Uma das melhores músicas da carreira do grupo, alternando levadas hardcore com um refrão inspiradíssimo.
Depois da pancada do início, o SOAD nos entrega “Revenga”, onde o destaque são os andamentos quebrados, os vocais intercalados entre Serj e o guitarrista Daron Malakian e mais um refrão matador, que não sai da cabeça.
A mistura de metal com sons nativos da terra natal dos integrantes chega à perfeição em “Radio/Video”, que começa pesadíssima para cair em um refrão que une a música libanesa ao reggae e ao ska, em um resultado que, por incrível que pareça, em nenhum momento soa estranho. Esta música é exemplar porque mostra todo o poder e capacidade de composição do SOAD, unindo estilos a princípio antagônicos em uma canção originalíssima, que empolga de imediato. Se não bobearem, com certeza será um dos próximos singles do álbum.
“Cigaro” tem o riff de guitarra que o Metallica está procurando há mais de uma década. Ao contrário de Hetfield e Ulrich, que se perderam na pretensão e soaram ridículos nas tentativas de inovar o seu som, o SOAD coloca no liquidificador o que o hard rock produziu de melhor em trinta anos, passando pelo thrash oitentista e pelo hardcore nova iorquino, e o resultado é mais uma ótima composição.
A influência do thrash da Bay Area mais uma vez pode ser ouvida em “This Cocaine Makes Me Feel Like I´m On This Song”, que abre com um riff que nos remete a álbuns clássicos de nomes como Metallica e Megadeth, desembarcando em uma linha vocal que parece ter saído dos discos gravados pelo Anthrax no mesmo período.
A bem humorada “Violent Pornography” critica de forma irônica a programação das TVs americanas, e vem embalada mais uma vez por muito peso. “Question!”, o segundo single do álbum, une passagens acústicas com guitarras muito pesadas, e uma linha vocal que em alguns momentos nos remete ao jazz. Isso mesmo, pode soar estranho para quem está lendo, mas o resultado final é nada menos do que primoroso.
O riff de “Sad Statue” parece saído do “Kill´Em All”, até cair em uma linha vocal que é puro SOAD. As mudanças de andamento continuam uma constante, com os vocais de Serj e Daron intercalando-se durante toda a canção.
“Old School Hollywood” é a faixa menos ortodoxa de um álbum nada ortodoxo. Com efeitos eletrônicos no início, mistura vocais debochados com vozes carregadas de efeitos. Em alguns momentos me lembrou coisas feitas pelo Sigue Sigue Sputnik nos anos oitenta. Os vocais, mais uma vez, são o grande destaque.
“Mesmerize” fecha com “Lost In Hollywood”, uma grande canção, na qual a banda tira o pé do acelerador e encerra o álbum de forma exemplar. As linhas vocais estão entre as mais bonitas do álbum, e quem gosta de boa balada vai adorar.
Com “Mesmerize” o System Of A Down deixa de ser uma promessa para se transformar em uma das bandas mais inovadoras e inquietantes do planeta, em todos os estilos. Ser original no rock é dificílimo, e o SOAD mostra neste álbum um talento e uma capacidade de surpreender absolutamente estonteantes. Todos os integrantes têm atuações primorosas, e destacar apenas um seria errado, contudo é impossível não sorrir com as guitarras matadoras, os vocais excelentes e a bateria empolgante de John Dolmayan, alternando-se entre andamentos mais intricados a ritmos poucas vezes usados no metal em um piscar de olhos.
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